Os erros mais encontrados no Data Center

Se você tem afinidade com gestão de TI, então provavelmente já ouviu falar em Data Center. Peça fundamental na maioria das empresas informatizadas, um Data Center é, basicamente, um ambiente projetado para abrigar servidores, sistemas de ativos de rede (roteadores, por exemplo) e dispositivos para processamento e armazenamento de dados.

Todos esses dispositivos e componentes costumam ser armazenados em grandes racks ou armários metálicos, geralmente localizados em salas climatizadas com alto nível de proteção e acesso restrito aos funcionários.

A principal finalidade de um Data Center é garantir o funcionamento ininterrupto e confiável de sistemas que processam grandes quantidades de dados — daí a necessidade de tantos equipamentos! Por esse motivo, há quem diga que o Data Center funciona como o sistema nervoso de uma empresa ou organização.

Atualmente, a maioria dos serviços de uma cidade depende de um ou vários Data Centers. Eles estão presentes nos serviços de telecomunicações, de energia elétrica, de internet, de transportes e tráfego urbano, de instituições financeiras, de sistemas de segurança, no entretenimento e na saúde pública, por exemplo.

Agora que você já sabe o que é e como funciona um Data Center, é hora de entender quais são os principais erros que as empresas ou organizações cometem no planejamento e nas operações desses ambientes. Vamos lá?

1. Falhas humanas

Quando falamos em erros no Data Center, a primeira cena que pode vir à sua mente é a de desastres que causam a indisponibilidade de dados, como incêndios e inundações. No entanto, a verdade é que boa parte dos erros têm como principal causa as falhas humanas, problemas em componentes e em softwares.

As falhas humanas em Data Centers podem ocorrer de diversas formas, seja na exclusão, corrupção e modificação acidental dos dados ou como decorrência de configurações malfeitas nos componentes.

Algumas formas de evitar esse tipo de erro são:

  • investir em soluções tecnológicas: alguns recursos, como backup de dados, proteção contínua, replicação local e snapshots podem facilitar a recuperação de dados perdidos e a configuração correta dos componentes de um Data Center;

  • capacitação das equipes: não é segredo que equipes, processos e rotinas de TI bem estruturadas e capacitadas cometem menos erros, o que diminui os riscos de alterações perigosas ou amadoras nos dispositivos.

2. Falhas nos componentes

Ao investir em um Data Center, mantenha em mente que são as operações que garantirão o funcionamento eficiente dos sistemas e vão proteger a reputação da companhia no mercado.

Para apresentar um funcionamento adequado, é preciso que um Data Center preencha alguns requisitos operacionais básicos:

  • alta performance: ambientes críticos demandam continuidade e confiança no desempenho dos equipamentos;

  • disponibilidade: é necessário que os dispositivos estejam funcionando 100% do tempo;

  • complexidade: procedimentos para recuperação de dados em emergências e contingência automatizada são fundamentais.

As falhas nos componentes de um Data Center geralmente estão relacionadas com fatores do próprio ambiente de TI, como problemas com o ar-condicionado, queda de energia elétrica e problemas nos equipamentos.

Como é impossível evitar todas as falhas no hardware, a melhor saída é apostar na prevenção de falhas que possam afetar a disponibilidade dos dados. Portanto, considere investir em:

  • qualidade dos dispositivos: tenha em mente que os níveis de serviço do seu negócio dependem da qualidade dos componentes do seu Data Center. Ou seja, a qualidade e a confiabilidade dos dispositivos permitem que o Data Center atenda às demandas da sua empresa de maneira mais eficiente;
  • redundância de componentes: vez ou outra equipamentos precisarão ser desligados, seja para sua configuração ou manutenção. Para que isso seja possível sem prejudicar a continuidade dos serviços, o ideal é garantir a redundância de componentes no seu Data Center;

  • contingência automatizada: quando ocorrer alguma falha em um componente do seu Data Center, a solução de contingência automatizada vai detectá-la e ativar automaticamente o componente redundante, evitando impactos no serviço;

  • rotinas de manutenção: por melhores que sejam os equipamentos do Data Center, o melhor caminho é realizar uma rotina de manutenção e ficar atento à validade das garantias para evitar as falhas de componentes.

3. Falhas nos softwares

Os ambientes de TI estão sempre mudando, certo? Acontece que, com a chegada de novas tecnologias e recursos no ambiente empresarial, os softwares mais antigos podem sofrer degradação.

Ou seja, isso pode afetar o seu desempenho, a disponibilidade de dados ou até mesmo causar incompatibilidade com outras aplicações e sistemas operacionais mais recentes.

De modo geral, as falhas nos softwares estão relacionadas com erros de programação e configuração, incompatibilidade de aplicações e sistemas ou falta de atualizações. Todas essas falhas podem ocorrer tanto a nível operacional quanto a nível das aplicações.

Para prevenir esses problemas, algumas dicas são:

  • atualize os softwares: com a constante evolução dos ambientes de TI, os softwares precisam incorporar novas funcionalidades e integrar-se às novas tecnologias do ambiente corporativo. As atualizações não só permitem que os softwares acompanhem as demandas técnicas e operacionais, como também corrigem erros de programação e falhas de segurança das versões anteriores do software em questão;

  • atente para a compatibilidade dos softwares: confira sempre as matrizes de compatibilidade dos softwares para verificar se eles são interoperáveis com outros equipamentos e programas que você utiliza. Também analise se os hardwares cumprem com os requisitos necessários para utilizar determinado software.

4. Sistemas de baixa qualidade

O trabalho não acaba depois que o projeto do Data Center foi implementado. Para garantir a eficiência e a rentabilidade máxima das operações, o ideal é que a sua organização também promova a melhoria contínua dos processos.

Isso pode ser feito com base em dois princípios:

  • garantia de qualidade: a premissa é implementar processos consistentes, com índices mínimos de erros;

  • controle de qualidade: tem como objetivo tomar medidas para acompanhar e avaliar o grau de qualidade dos processos, diagnosticando e prevenindo falhas.

Alcançar um nível de excelência não é uma tarefa fácil. Por isso, invista no planejamento da melhoria contínua, documentando devidamente todas as transformações operacionais necessárias.

Uma ideia é abrir uma seção de feedback nos documentos do Data Center, permitindo que as alterações sejam incorporadas aos documentos e revisadas constantemente.

E então, gostou do nosso post de hoje? Quer ler mais conteúdo de qualidade sobre TI? Aproveite e veja este artigo sobre como escolher a melhor empresa para a terceirização de TI dos seus negócios!

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