Muito se engana quem pensa que a Inteligência Artificial (IA) é um fenômeno recente. Em 1956, três cientistas foram responsáveis por projetar o que seria o primeiro software de inteligência artificial: o Logic Theorist.
O objetivo deste primeiro software de IA era emular como o cérebro humano processa informações matemáticas e, a partir disso, testar a veracidade dos teoremas matemáticos.
Quem ouviu falar da IA em 1956, jamais poderia imaginar que em 2024 essa tecnologia estaria tão presente no dia a dia da sociedade. Assistentes de voz como a Alexa e Siri, carros autônomos, reconhecimento facial, algoritmos de redes sociais e streaming, chatbots, geradores de textos e imagens… poderíamos ficar por vários parágrafos citando a presença da IA na vida das pessoas e dos profissionais das mais diversas áreas, mas hoje nosso foco é na Inteligência Artificial como ferramenta inimiga e aliada da segurança de TI das empresas.
A IA já tem sido utilizada na segurança cibernética há alguns anos, tanto por parte dos cibercriminosos quanto por parte de quem atua com segurança da informação.
Para entendermos melhor a atuação desta tecnologia na segurança cibernética e na proteção de dados, que tal conhecermos um pouco sobre a evolução das ameaças cibernéticas e como a IA se tornou uma aliada do cibercrime?
A Evolução das Ameaças Cibernéticas
Quem se lembra da época em que a única ameaça cibernética que tínhamos conhecimento eram os famosos vírus?
Para quem não tem conhecimento, o primeiro vírus de computador foi criado em 1971 como o resultado de um teste de segurança. A missão desse vírus, que ganhou o nome de Creeper, era comprovar se os programas podiam se multiplicar sozinhos, sem ajuda humana.
O primeiro vírus de distribuição ampla veio pouco mais de 10 anos depois. Em 1982, um garoto de 15 anos criou um vírus que invadia computadores da Apple II, sem comprometer a segurança.
Pulando alguns anos e algumas evoluções, o ataque que se destaca é do vírus Code Red, de 2001, que em apenas 24 horas conseguiu infectar mais de 300 mil computadores. Esse ataque comprometia o tráfego de serviços em rede e de sites. Este foi um vírus tão potente que chegou a atingir a Casa Branca.
Antigamente ouvíamos falar de vírus que travavam o computador e atrapalhavam a navegação, um nome que não saía da boca do povo era o famoso “Cavalo de Troia”.
A tecnologia evoluiu, e com ela as ameaças digitais. Hoje em dia é comum ouvirmos com frequência termos como phishing, malware, ransomware, spyware, adware e por aí vai.
Quanto mais a internet se torna nosso mundo virtual, onde acessamos arquivos de trabalho, dados bancários, conversamos com amigos e familiares, mais o cibercrime precisa se sofisticar para ter acesso àquilo que os interessa.
Para fazermos um exercício simples, reflita: o que é mais fácil e traz maior retorno? Parar alguém e assaltar na rua ou roubar os dados dessa pessoa sem que ela perceba e acessar sua conta bancária? E, se além de roubar os dados bancários, fosse possível roubar as credenciais de acesso às plataformas da empresa em que ela trabalha?
A expansão do mundo virtual gerou infinitas possibilidades para o cibercrime. A evolução chegou ao ponto de que toda nova tecnologia se torna uma nova possibilidade de ataque cibernético e, claro, com a Inteligência Artificial não seria diferente.
Muitos não sabem, mas a IA já é utilizada nas estratégias de proteção do espaço cibernético, porém ela também é uma aliada do cibercrime para o desenvolvimento de ataques mais sofisticados, rápidos, difíceis de identificar e, claro, com maior alcance.
Talvez, até aqui, você esteja querendo conhecer melhor a forma em que a Inteligência Artificial pode ser utilizada pelo cibercrime.
Em primeiro lugar, quando empresas e profissionais desconhecem o poder dessa ferramenta, o uso incorreto e descuidado pode servir como fonte de informações para os cibercriminosos. Afinal, quem nunca colocou alguma informação sobre um cliente ou um projeto em uma IA como o ChatGPT para obter insights?
Além disso, atualmente, a tecnologia tem proporcionado às máquinas a capacidade de adaptar voz, imagem e estilo de escrita para facilitar a entrada em seus sistemas. Um exemplo disso são vídeos virais de pessoas famosas indicando algum produto ou serviço, que no final, nem existem, mas servem para ou roubar dinheiro dos desavisados ou seus dados.
Como se essas estratégias acima já não parecessem assustadoras, certas ferramentas de inteligência artificial são capazes de detectar sequências de caracteres irregulares por meio de reconhecimento óptico, resolvendo assim os caracteres empregados em processos de verificação de identidade. Já pensou? Você está digitando seu login e secretamente uma ferramenta está detectando o que você está digitando.
A IA ainda é utilizada para replicar malwares, camuflá-los em sites e acelerar o desenvolvimento de novas formas de ataque. Poderíamos nos debruçar por páginas e páginas sobre como a Inteligência Artificial é, e pode, ser utilizada pelo cibercrime, mas é hora de aprendermos sobre como ela pode ser uma aliada nas estratégias de cibersegurança.
O papel crucial da Inteligência Artificial na cibersegurança
Para avançarmos no conteúdo sobre como a Inteligência Artificial pode ser uma aliada da cibersegurança, é importante termos total compreensão de que a programação clássica da inteligência artificial compreende fases de aprendizado, raciocínio e autocorreção, que incluem a coleta de dados, a criação de regras e a elaboração de algoritmos adequados. Além disso, ela envolve a contínua otimização dos algoritmos, buscando aprimorar o desempenho da solução para gerar melhores resultados.
Atualmente, as empresas utilizam as ferramentas de IA para otimizar e automatizar processos e tarefas para que o foco seja direcionado em pontos estratégicos. O que as organizações falham em desenvolver, e aplicar, é o uso da IA para tornar a infraestrutura da empresa mais segura.
O ativo mais importante da Inteligência Artificial são os dados. Quando utilizada como estratégia da cibersegurança, essa ferramenta é capaz de monitorar e identificar o comportamento dos usuários e o desempenho dos sistemas da empresa a fim de detectar vulnerabilidades, permitindo assim que medidas sejam tomadas pela equipe de TI. ,
Quando falamos em segurança de dados, a IA possibilita que a resposta às ameaças sejam mais rápidas e eficazes. Graças à sua capacidade de analisar grandes bases de dados, é possível identificar anormalidades nos padrões que possam indicar uma ação maliciosa e antecipar respostas adequadas e rápidas.
As grandes bases de dados que alimentam a Inteligência Artificial, a tornam a aliada mais rápida e eficaz no combate às ameaças. A automatização das ações e monitoramento são um grande diferencial da Inteligência Artificial na cibersegurança quando comparada aos modelos tradicionais.
Falando em automação, que tal explorarmos um pouco todos os processos de cibersegurança que podem ser automatizados através da IA?
Automatização: A resposta rápida que precisamos
Tem jeito mais rápido e fácil de proteger sua empresa do que automatizando os processos para que as respostas às ameaças e aos ataques sejam mais rápidas?
A primeira forma de utilizar a automatização da IA como aliada da cibersegurança é através da delegação das tarefas de coleta , análise e gerenciamento de dados feitas pelos colaboradores. Através dessa delegação de tarefas os profissionais podem focar em estratégias mais importantes para a empresa.
Quando falamos em segurança dos endpoints, que costumam ser a principal porta de entrada de ataques, a IA, através da análise de comportamento dos usuários pode identificar vulnerabilidades na conta ou no sistema que está sendo utilizado.
Outro ponto que atualmente pode gerar uma lacuna na segurança nas empresas são os sistemas de nuvem. A nuvem, por mais que seja uma ferramenta que tem permitido um grande armazenamento de dados sem precisar de locais físicos, e podendo ser acessada de qualquer lugar, quando mal configurada, é um prato cheio para os cibercriminosos. Pensando nisso, as soluções de IA para cibersegurança podem garantir que apenas os usuários permitidos estão tendo acesso aos ativos e que as configurações corretas estão sendo aplicadas.
De maneira geral, a IA é capaz de cobrir as lacunas que os erros humanos podem deixar vulneráveis. Pensando nisso, que tal, antes de finalizarmos, entender um pouco mais sobre a atuação humana como fator de vulnerabilidade na cibersegurança?
Análise Comportamental: o olhar da inteligência artificial
Infelizmente precisamos dizer: a maioria dos ciberataques são bem sucedidos por causa da atuação humana.
Pense em quantas vezes você recebeu um e-mail sobre pontos no cartão, compras, pix, e muitos outros que pareciam verdadeiros. O aumento da incidência de phishing, que inclusive tem sido usado até em ads, mostra que nem sempre somos capazes de identificar ataques.
Mas sabe quem identifica ataques facilmente? Mesmo quando eles aparecem bem disfarçados… sim, a IA!
Quando a Inteligência Artificial é programada da maneira correta, ela pode informar ao usuário que aquele e-mail, arquivo ou propaganda é um ativo suspeito.
Quanto mais alimentamos a IA com padrões e dados, mais ela aprende. Fazendo assim que novas respostas mais rápidas e objetivas sejam desenvolvidas, aumentando a segurança cibernética das empresas.
Torne a tecnologia uma aliada da sua empresa!
Os dados dos seus clientes e dos seus colaboradores são atualmente os ativos mais valiosos para sua empresa e, claro, para os cibercriminosos.
Se os dados não fossem ativos tão importantes, não existiriam normas como a LGPD e GPDR para garantir que as empresas estão tratando e protegendo as informações de maneira correta.
Além disso, quando a infraestrutura da empresa depende do digital para funcionar, o pleno funcionamento das atividades da empresa pode ser comprometido e isso pode causar danos financeiros altíssimos e até irreversíveis.
A tecnologia continua evoluindo e com ela a sofisticação dos ataques cibernéticos. Para que sua empresa esteja segura é importante garantir que todas as tecnologias de segurança estão atuando com seu total potencial.
Contar com uma empresa especialista é a melhor forma de garantir que sua organização está com todas as proteções atualizadas e de acordo com a evolução do mercado.
A Tecjump atua lado a lado com seus clientes de maneira ofensiva e defensiva para garantir que os sistemas da empresa estejam sempre atualizados e seguros.
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